Antes mesmo de conhecer o branding como profissão, meu olhar já se voltava ao que sustentava uma marca de verdade: sua identidade, sua intenção, sua experiência. Atuei com moda e vendas, mas minha atenção sempre esteve naquilo que permanece — a memória construída no contato com a marca.
Com o tempo, entendi que meu papel era múltiplo: observar, interpretar, traduzir ideias em direção.
No Boticário, compreendi na prática o impacto de uma cultura de marca bem construída. Entre treinamentos, lançamentos e presença no chão de loja, percebi que marcas não se fazem apenas de produto — se fazem de intenção. Foi também ali que descobri: o que eu fazia tinha nome. E era exatamente o que eu queria fazer.
Desde então, mergulhei no universo do branding. Atuei com agências e clientes diretos, participei de reposicionamentos e projetos de identidade. Mas foi na Serra Gaúcha que meu trabalho se aprofundou: me conectei com marcas da gastronomia e do enoturismo — setores que carregam território, cultura e memória.
Em restaurantes premiados, atuei de forma estratégica e integrada: da construção da marca à experiência do cliente. Em muitos desses projetos, o branding acontecia no cotidiano — e meu papel era justamente dar forma, intenção e consistência a ele. Também colaborei no rebranding de uma vinícola com quase 50 anos de história.
Essa trajetória me levou a construir um caminho mais autoral, atuando como estrategista de marcas que sabem quem são — e que desejam comunicar com coragem, consistência e presença. Marcas com essência forte, dispostas a vestir seu posicionamento e colocá-lo no mundo com verdade.
Acredito que marca não é só o que se mostra — é o que se constrói por dentro, todos os dias.
Este blog é uma extensão dessa construção — um espaço para refletir, trocar e aprofundar. Como um café entre quem ama o que faz, e acredita que boas conversas também constroem marcas.